Falar de planejamento estratégico este ano é ir de encontro a argumentos como:

  • Mas para quê fazer planejamento se este ano nada do que foi planejado foi cumprido?
  • Planejar? Não sabemos nem o dia de amanhã, não vou perder tempo com isso!
  • Planejamento é dinheiro jogado fora, pois além de não sair do papel eu não sei até onde esse vírus vai.

Bem, todos estes são argumentos reais que eu ouvi no último mês, mas não é minha intenção neste artigo criar polemica e perder tempo os contestando. Na verdade, o mercado da advocacia nunca foi adepto à cultura do planejamento e não seria diferente agora por causa da pandemia.

Ainda hoje, grande parte do mercado vive apagando fogo e seguindo a filosofia do grande Zeca Pagodinho:

“Deixa a vida me levar, vida leva eu!”

Mas qual é o resultado desta postura?

O resultado é que mais de 80% do mercado está no “Oceano Vermelho”, fazendo mais do mesmo, de forma reativa e sem previsão de crescimento. Quando muito, para não dizer que é reativo, alguns escritórios e advogados seguem o efeito manada, investe na modinha.

Por outro lado, grandes oportunidades e demandas – “Oceano Azul” – aparecem e vão embora sem serem totalmente exploradas.

Assim, junto com a Equipe Jus Analytics decidimos iniciar uma série de conteúdos (artigos, vídeos e podcast) com foco em Planejamento e Estratégias para o Mercado Jurídico. Hoje falaremos especificamente do Planejamento Estratégico pós-pandemia e o papel da Jus Analytics.

O planejamento há muito é considerado uma ferramenta imprescindível dentro das grandes organizações. Algumas organizações de médio porte fazem planejamentos, porém na grande maioria, estes planejamentos não passam de peças meramente ilustrativas, por ser tão complexa e de pouca aplicação prática. Já as pequenas e micros organizações, não têm esta cultura do planejamento por falta de conhecimento e acesso à informação.

Documentos volumosos, complexos e quase nunca exequíveis foram responsáveis pelo pré-conceito existente hoje com o planejamento.

Mais recentemente com a modernização e a chegada das startups, o mercado como um todo começou a adaptar e usar ferramentas herdadas do conceito Lean startup, uma delas foi o Canvas usado para facilitar a construção do planejamento, sua implantação e seus controles.

Pra você ter noção desta mudança, o que antes era um documento volumoso e complexo, hoje o planejamento se transformou em um único quadro, onde você pode ver e acompanhar das diretrizes estratégicas aos indicadores dos projetos, indicadores estes fundamentais para os ajustes de rotas em busca da obtenção dos resultados documentados no planejamento.

Exemplo prático deste novo modelo de planejamento é o Advogabilidade Canvas:

Planejamento Estratégico

O Advogabilidade Canvas é uma metodologia de planejamento criada especialmente para o mercado jurídico. A partir das diretrizes estratégicas, alicerce de qualquer negócio, é possível descrever todas as áreas do planejamento de forma simples e intuitiva, até chegar na parte da execução, ou seja, nos projetos e seus indicadores. Este é só um de muitos modelos existentes no mercado que facilitou e tirou de vez o pré-conceito existente em relação ao planejamento estratégico.

Outros pontos importantes que influenciaram e influenciam até hoje na baixa aderência dos escritórios de advocacia ao planejamento, são:

  • A falta de tempo;
  • Complexidade para realizar e executar o planejamento;
  • A falta de informação do mercado.

Neste artigo vou focar nestes 3 pontos para mostrar a você como é possível realizar o planejamento sem burocracia, de forma intuitiva e simples, baseado em informações de qualidade para que ele seja realmente exequível.

Falta de Tempo

Hoje o tempo é a moeda de maior valor para o advogado e toda equipe que compõe um escritório. Diferente de outros mercados ou profissões, na advocacia há algumas peculiaridades que tem impacto negativo no planejamento de toda rotina do escritório ou do advogado autônomo.

Estas peculiaridades são os prazos e as atividades como audiências impostos pelo judiciário, sem contar com as demandas urgentes dos clientes.

Por si só, estas peculiaridades impõe uma rotina insana aos advogados e seus escritórios.

Mesmo com o avanço da tecnologia e da automação, que melhorou a gestão de prazos e a rotina dos escritórios, ainda é muito difícil fazer a pausa necessária para se realizar um planejamento, especialmente no formato tradicional.

Antes era comum os escritórios iniciar o trabalho de planejamento no mês de outubro e só finalizar, com a devida aprovação, em dezembro. Era preciso no mínimo 2 meses de trabalho.

Hoje com um modelo lean (enxuto) como o Advogabilidade Canvas, é possível realizar:

Planejamento Estratégico

Neste modelo, independente do tamanho do escritório, é possível realizar o planejamento do escritório em até 5 dias contínuos ou intercalados.

Desta forma, o tempo não é mais uma desculpa para você não realizar o seu planejamento, pois como vimos, a evolução tornou a construção do planejamento um processo mais fácil, intuitivo e rápido. Sem contar quê, como o planejamento deixou de ser uma peça decorativa para ser definitivamente um plano estratégico exequível, o tempo dedicado ao planejamento que antes era um desperdício, passou a ser um investimento.

Complexidade para Realizar e Executar o Planejamento

Como já mencionei, os modelos de planejamento estratégico tradicionais são complexos e exige do responsável técnico muito conhecimento e expertise não só para sua construção, mas principalmente, para sua execução.

Ainda falando do modelo de planejamento tradicional, outro ponto negativo é que comumente só participa da construção do planejamento a alta direção e a consultoria contratada.

Neste formato, além de perder informações importantes que só aqueles colaboradores que estão na operação (equipe técnica do contencioso) sabem, é comum após finalizado o planejamento, o escritório não conseguir o engajamento necessário para o sucesso da implantação, pois a equipe que não participou do processo não se sente parte daquele processo. Desta forma, as ações estratégicas e as metas do planejamento, na visão da equipe, passa ser uma imposição.

Neste novo modelo, além de prático, fácil e intuitivo, uma das características mais importantes é a democratização do processo, ou seja, a participação de pessoas em cargos e funções chaves de todas as áreas, trazendo para o planejamento uma contribuição de quem realmente conhece a operação e de quem será o responsável pela execução e sucesso do planejamento.

Sentir-se parte do projeto ou pelo menos, sentir-se representado, é ponto fundamental para o engajamento de todos e consequentemente, para o sucesso do projeto.

Falta de Informação do Mercado

Independente do modelo, uma das coisas mais importantes no planejamento e que é extremamente difícil de obter, chama-se:

INFORMAÇÃO

O sucesso de um planejamento tá diretamente ligado a quantidade e qualidade das informações que servirão de base para construção dele.

Para a base do planejamento você precisa de 2 tipos de informações:

  • Informações Internas:
    • Carteira de clientes;
    • Perfil de demandas e características desta carteira;
    • Capacidades técnicas da equipe;
    • Capacidade operacional;
    • Parceiros estratégicos;
    • Fornecedores e outras.

 Para você ter acesso as informações internas, é preciso ter um banco de dados minimamente organizado (software ou planilha Excel) das seguintes áreas:

  • Relacionamento com os clientes e contratos
  • Financeiro
  • Pessoas, competências e capacidades
  • Controladoria Jurídica:
    • Gestão dos processos;
    • Gestão das áreas e competências;
    • Qualidade;
    • Procedimentos internos e capacidade de demanda.

 

Caso você não tenha um banco de dados, não é muito difícil realizar o levantamento destas informações.

 

  • Informações Externas
    • Nicho de mercado
    • Projeção econômica deste mercado
    • Projeção política nacional e internacional
    • Necessidades atuais do mercado
    • Regulação e legislação que terão impacto no mercado
    • Comportamento e perfil das demandas atual e futura
    • Comportamento e perfil das pessoas com poder de compra e outras.

 

Neste momento chegamos no “Calcanhar de Aquiles” dos planejamentos dos escritórios de advocacia, ou seja, o levantamento das informações de mercado.

Por ser o mercado de escritórios de advocacia muito conservador e fechado, nenhuma consultoria especializada se dedicou em criar um relatório com informações de mercado acessíveis e abertas para uso nos planejamentos estratégicos.

Estas consultorias no máximo levantam informações gerais e as disponibiliza para quem os contrata. Fora estas informações restritas, as únicas informações relacionadas ao mercado jurídico são:

  • Análise Advocacia 500
    • Anuário que ranqueia escritórios por número de advogados e filiais.
  • Relatório Justiça em números do CNJ
    • Relatório anual que basicamente apresenta o volume de ações do judiciário e seu desempenho, por fim;
  • Projeções de crescimento do mercado realizadas por algumas entidades como FGV.

 

Mas falta algo!

Hoje grande parte dos mercados têm levantamentos e relatórios que apresentam não só projeções e tendências de crescimento. Além destes dados, estes relatórios apontam os comportamentos e tendências de demandas futuras, informam o perfil de compra e quais as informações mais relevantes para determinado público alvo, além de lhe dar um direcionamento estratégico de onde encontrar e de como se relacionar com estes.

Como já falamos, não era possível encontrar estas informações na advocacia.

Até a chegada do Jus Analytics!

– O Papel do Jus Analytics

O mercado jurídico vem passando por um momento muito difícil. Vivemos na era da complexidade onde transformações acontecem numa velocidade nunca antes vistas e muitas destas transformações causam efeitos colaterais devastadores em alguns mercados.

Na advocacia, embora estes efeitos não sejam tão devastadores, o mercado não passará ileso, pois além dos impactos diretos, precisamos ficar atentos aos impactos indiretos gerados pelas mudanças nos negócios do seu cliente. Para citar um exemplo bem comum, imagine você com um escritório focado na área trabalhista e que 40% do seu faturamento vem de uma empresa de Call Center.

Não precisa ir longe para saber que em breve este escritório perderá grande parte do faturamento desta empresa, pois se ela ainda não trocou seus colaboradores por robô, corre o risco de ser eliminada do mercado.

Para além disso, todos sabemos das dificuldades que a advocacia vem passando nos últimos anos, nem vou cair no clichê de apontar o número de inscritos na OAB como o principal responsável, pois acredito que este não é o maior dos problemas.

Partindo desta preocupante realidade do mercado, destacamos uma situação muito triste e infelizmente comum, que é ver escritórios de advocacia parando suas operações e fechando suas portas, porém indo de na contramão aos argumentos inicialmente expostos contra o planejamento estratégico, é importante destacar que escritórios que aderiram à cultura do planejamento estratégico estão passando por esta tormenta com menos dificuldade e de forma impressionante, alguns estão conseguindo crescer significativamente.

Com esta constatação fica claro a importância que o planejamento estratégico tem para a sustentabilidade e crescimento do seu escritório.

Até aqui tudo bem, mas certamente você ainda não conseguiu entender qual é o papel da Jus Analytics nisso tudo. Certo?

Bem, neste artigo eu citei 3 pontos ou problemas que a meu ver influenciam para a baixa adesão dos escritórios ao planejamento estratégico. Os 2 primeiros problemas foram resolvidos com a modernização do planejamento, ou seja, com o AdvogabilidadeÒ Canvas, porém ficou faltando o terceiro que é o mais difícil e consequentemente o mais importante.

A falta de informação

O Jus Analytics vem justamente para preencher esta lacuna, entregando ao mercado informações estratégicas de qualidade para alicerçar o seu planejamento.

Nos mais de 15 anos de experiência na realização de planejamentos estratégicos em escritórios de advocacia, o que mais me faltava era informações como:

  • Quais as áreas do direito que mais cresceram?
  • Qual o percentual de crescimento desta área?
  • Qual o perfil dos clientes que buscam por esta área?
  • Onde eles estão?
  • Quais são as demandas do direito mais buscadas na cidade ou região onde o escritório está localizado?
  • Quem são os principais concorrentes em uma determinada área?
  • Onde e quanto é preciso investir para se relacionar com o público alvo do escritório?

 

Bem, estas são só algumas das informações que você pode encontrar nos relatórios Jus Analytics. Os relatórios são muito completos e lá você encontrará as mais relevantes informações para você realizar o seu planejamento e estruturar suas ações estratégicas com assertividade e resultado.

Estamos só iniciando esta série de conteúdos sobre planejamento e estratégias de crescimento com Jus Analytics. Nos próximos dias vamos apresentar vários casos práticos para que você entenda como são nossos relatórios e como você pode usar as informações contidas neles no seu planejamento e estratégias.

Agora faça a sua escolha:

Planejar com Jus Analytics e crescer acima da média ou aderir a estratégia Zeca Pagodinho?

Espero que tenham gostado, muito sucesso e até o próximo conteúdo!